Crítica e Ficha - O Vingador do Futuro.

 Bom.

 Em 1990 foi lançado 'O Vingador do Futuro', com Arnold Schwarzenegger, filme de ficção científica adaptado do livro 'We Make It Real for a Wholesale', de Philip K Dickens. Dickens, por sua vez, já escreveu obras que deram origem a sucessos do cinema como Blade Runner, Minority Report e o próprio O Vingador do Futuro. 22 anos depois, uma nova adaptação do livro de Dickens chega aos cinemas, com o mesmo nome. Apesar de não ser um grande filme de ficção científica, o novo filme pode ser considerado uma boa sessão pipoca.

 O personagem principal da trama é Doug, que vive em um mundo pós-guerra biológica. Essa guerra fez com que apenas duas partes do planeta se tornassem habitáveis: A Federação Unida da Bretanha (na América do Norte) e a Colônia (na Oceania). Com a falta de lugares habitáveis muitas pessoas vivem em cubículos. Cansado do estilo de vida que leva, Doug decide contratar os serviços da Rekall, empresa que implanta memórias falsas. Contudo, isso pode acabar trazendo de volta para a memória de Doug um passado que ele não lembrava.

 Como se não fosse novidade, o problema aqui mais uma vez é roteiro. A trama não é muito simples e envolve inúmeras reviravoltas. Em muitas cenas, o roteiro parece não ser capaz de desenrolar essa trama com clareza e sem trazer crateras gigantes em alguns desenrolares. E, é claro, que está longe de ser um filme original. Realmente existem algumas idéias boas, como A Queda (uma espécie de elevador, que interliga a América do Norte e a Oceania, passando pelo centro da Terra), mas os clichês também correm soltos.

 A parte boa está no que a maioria do povo gosta: cenas de ação frenéticas e empolgantes, um visual grandioso, efeitos de qualidade, uma historinha previsível mas interessante e a atores bonitos e bons de porrada. È justamente o tipo de filme que vai bem para se desligar o cérebro e se ver numa tarde de domingo com muita pipoca e refrigerante.

 Que fique claro que eu nunca vi o original de 1990, então não posso comparar, mas posso dizer que fui ver O Vingador do Futuro esperando uma ficção científica com uma trama divertida e muita ação e encontrei o que procurava, se criar muitas expectativas. A direção é razoável e sabe filmar as cenas de ação, o maior problema mesmo é o roteiro clichê e por vezes falho, porque de resto, o filme tem o que um filme pipoca precisa ter. Enfim, já vale o preço do ingresso ver Kate Beckinsale e Jessica Biel (duas das atrizes americanas mais bonitas da atualidade) metendo soco uma na outra em uma cena de ação eletrizante e cheia de efeitos de encher os olhos.

Título original: Total Rekall.
Direção: Len Wiseman.
Elenco: Colin Farrell, Jessica Biel, Kate Beckinsale, Bill Nighy, Bokeen Wodbine e Bryan Craston.
Distribuição: Columbia Tristar.
Data de estréia: 17\08\2012.
Ação; Ficção científica - 1h 58 min (118 minutos)
 Classificação indicativa 14 anos.

Crítica e Ficha - Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge

 Muito Bom\Excelente.

 Por dois motivos O Cavaleiro das Trevas Ressurge era um dos filmes que eu mais esperava nos últimos anos: a qualidade incrível dos dois primeiros e por ser mais um filme de Christopher Nolan, o qual é, na minha opinião, um dos melhores (se não o melhor) diretores da atualidade. Trazendo obras primas para o cinema como Batman: O Cavaleiro das Trevas, O Grande Truque, A Origem, e outros, fica difícil ficar com a expectativa baixa para qualquer filme de Nolan. A mais boa notícia é que o diretor acaba de trazer mais um marco para o cinema contemporâneo: O Cavaleiro das Trevas Ressurge.

  A começar que com esse terceiro filme, é fechada a melhor trilogia de super-herói da história do cinema. Aqui vários ciclos se fecham, e Nolan faz várias referências ao primeiro filme de 2005, seja nas horas mais dramáticas ou nas horas de humor. Humor, inclusive, que se mostra uma surpresa, já que estava praticamente ausente nos dois primeiros. Aqui existem um bor par de cenas que usam piadinhas irônicas, principalmente por parte da personagem Mulher-Gato, vivenciada por uma ótima atuação de Anne Hathaway.

 Mas isso não quer dizer que o clima dos dois primeiros é esquecido. A carga dramática e tensa continua, e aqui Bruce Wayne precisa tomar algumas das decisões mais difíceis de sua vida, inclusive juntar todas as suas forças para vencer o propulsor de pânico, caos, medo e horror que é Bane, um brutamontes que conta com a gigante massa corporal que Tom Hardy teve que adquirir para interpretar o personagem. Atrevo até a dizer que apesar de o Coringa ter contado com a atuação fora de série de Heath Ledger, o vilão Bane aqui é tão medonho, apavorante e mal quanto o vilão do segundo filme.

 De resto não basta comentar que Christopher Nolan continua com o mesmo talento e com a mesma qualidade de profissionais ao seu lado. Roteiro muito bem escrito, coeso, com conteúdo e capaz de trazer cenas marcantes. Nolan continua com o mesmo talento de filmar cenas, de contar uma história, de trazer personagens aprofundados e de envolver o espectador na trama. As qualidades técnicas são de ponta, com a, mais uma vez, fantástica trilha sonora de Hans Zimmer e efeitos visuais competentes (apesar de Nolan preferir usar mais a naturalidade do que os efeitos extravagantes e excessivos do modo que filmes como Transformers e Os Vingadores usaram).

 No fim não vale esperar um filme perfeito, já que existem alguns erros, como uma extremamente dispensável revelação final, a qual o filme poderia ficar muito bem sem. Mas como aconteceu em filmes como Avatar ou Titanic, aqui existem erros mas eles não fazem diferença nenhuma no resultado final, pois esse filme, que já é muito bom sozinho, é realmente fantástico no sentido de que completa os dois primeiros, que faz total sentido com todos os conflitos que foram criados no anterior ou no primeiro. É um filme inteligente, envolvente, grandioso, com cenas de ação fantásticas, ótimas atuações, e com a preciosa direção de Christopher Nolan. Mas é, principalmente, uma gloriosa e mais do que satisfatória conclusão de dois filmes que já foram muito bons. Qualquer cinéfilo precisa ter essa trilogia na sua coleção de filmes. Espero anciosamente o seu próximo filme Christopher Nolan, e por favor, crie mais uma trilogia fantástica e marcante como essa. Com muitas qualidades, esse novo Batman mantém o nível dos dos primeiros e é um filme de ação imperdível.

 *vale ressaltar que o filme possui frases e diálogos geniais e marcantes. Com certeza a melhor frase de Bruce Wayne é: eu não estou com medo, eu estou com raiva.

Produção: EUA, 2012.
Título Original: Batman: The Dark Knight Rises.
Direção: Christopher Nolan.
Elenco: Christian Bale, Anne Hathaway, Tom Hardy, Michael Caine, Morgan Freeman e Marion Cotillard.
Distribuição: Warner Bros. Vídeo.
Data de estréia: 27\07\2012.
Ação - 2h 45 min (165 minutos).
 Classificação indicativa 12 anos.

Crítica e Ficha - O Espetacular Homem Aranha.

 Bom\Muito Bom.

 Em 2002, um dos mais novos fenômenos do cinema atual chegava aos cinemas: Homem-Aranha, adaptação dos quadrinhos dirigida por Sam Raimi e que se tornou um enorme sucesso de público, crítica e bilheteria. Para muitas pessoas, o filme se tornou um dos grandes clássicos dos filmes de super-herói e um marco no cinema de ação. O filme foi seguido por duas continuações (o segundo filme excelente e ainda melhor que o primeiro e o terceiro mais fraco), contudo brigas entre diretor e elenco com o estúdio fizeram com que a série fosse cancelada. É óbvio que a Columbia não ia largar uma de suas franquias mais lucrativas, e nesse sentido, decidiu fazer um reboot do filme de 2002, com um novo diretor e com um novo elenco.

 Para surpresas de muitos, o filme é bastante agradável, mas também é impossível não comparar com o ótimo sucesso lançado há apenas 10 anos atrás, e este ainda é meu preferido. Homem Aranha fez as pessoas saírem emocionadas do cinema, com espírito de aventura, 100% envolvidas com as tragédias e com os acontecimentos da vida de Peter Parker (principalmente com a chocante morte de tio Ben, uma das cenas mais marcantes do filme), e infelizmente O Espetacular Homem Aranha não chega a esse nível.  A luta contra o vilão não é tão envolvente e a transformação de Parker em Homem-Aranha não é tão surpreendente, o que faz com que esse novo filme não tenha a força para ser tão marcante quanto o original foi.

 Mas ainda, isso não quer dizer que o filme não é bom. Procurando se distanciar do primeiro, aqui vemos um Peter Parker diferente, mais descolado, mais engraçado, mas não por isso menos interessante. Acompanhado da excelente atuação de Andrew Garfield (que se sai muito bem no papel), o personagem consegue envolver o espectador e ganhar sua simpatia. Isso acontece graças ao total aprofundamento do personagem, de seus conflitos, e tudo explicado com muita maturidade para o espectador.

 As cenas de ação são um show a parte, e Marc Webb sabe filma-lás tão bem quanto Sam Raimi. O diretor arremessa o espectador no meio da ação, no meio da luta, no meio dos voos do aracnídeo entre os prédios de Nova York. Isso, acompanhado de uma trama simpática, divertida e de personagens bem desenvolvidos faz com que o filme se torne uma competente e agradável sessão de ação.

 Mesmo que, como todos sabem, seja impossível não comparar esse reboot com o original de apenas 10 anos atrás, também vale lembrar que é um novo filme, com uma nova proposta de história, com uma nova direção, um novo elenco e, logo, é importante avaliá-lo como um filme único. Não acho que tenha aquela força que o clássico de 2002 teve para se tornar um fenômeno mundial, mas vale o preço do ingresso e é competente o suficiente para dar  início à uma nova franquia.

Título original: The Amazing Spider-Man.
Direção: Marc Webb.
Elenco: Andrew Garfield, Emma Stone, Rhys Ifans, Denis Leary, Martin Sheen e Sally Field.
Distribuição: Columbia Tristar.
Data de estréia: 06\07\2012.
Ação - 2h 17 min (137 minutos) -  Classificação 10 anos.

Crítica e Ficha - Prometheus.

 Muito Bom.

 Vejamos porque era meio impossível não criar muita expectativa para Prometheus: em primeiro, era simplesmente a volta de Ridley Scott para o gênero que ele conseguiu consagrar no cinema, com um dos grandes clássicos da ficção científica: Alien, O Oitavo Passageiro. Em segundo, foi anunciado que o filme seria um prequel de Alien, ou seja, explicaria as origens de um dos montros mais famosos do cinema. Em terceiro, os absolutamente incríveis trailers do filme. Felizmente, Prometheus não foi desses inúmeros casos em que a expectativa se torna decepção na saída da sala do cinema.

 A história começa com dois cientistas que, após descobrirem semelhanças em várias pinturas de cavernas, seguem fatos e acreditam que acharam aonde estão os criadores da humanidade. Logo eles partem, junto com uma tripulação financiada por uma empresa, na nave Prometheus, para o planeta onde provavelmente esses seres estarão. Bom, não é preciso nem dizer que ao chegarem lá, eles se deparam com situações apavorantes e que vão longe de boa expectativa que eles possuíam do local.

 Não dá para não dizer que o filme possui seus seus deslizes. Esses estão, provavelmente, apenas no roteiro. Há algumas graves incoerências de desenvolvimento de personagens, de situações, etc... Outro fato que me incomodou, e que sempre me incomoda em um filme, é a maior parte da concentração do estúdio mais para a continuação do que para o próprio filme. Para um filme que prometia várias respostas, o que existe é apenas uma introduzida na trama e vários acontecimentos (vários mesmos) que realmente só serão explicados em uma futura (ou futuras, se a ganância da Fox continuar assim) continuação.

 Mas quando um filme, mesmo com essas, digamos, graves, falhas, consegue fazer o espectador realmente sair satisfeito da sala, é porque o resto vai muito bem. E realmente vai. A começar, Ridley Scott resgata todo aquele clima angustiante e sufocante de tensão e suspense de Alien. O resultado é um filme que mantém o espectador totalmente ligado na tela e na trama, sempre com uma expectativa sufocante de que algo irá acontecer. Uma cena (surpresas a parte) ficou marcada, para mim, como uma das melhores dos últimos anos. Eu quase me contorci na cadeira com a tensão e angustia que a direção de Ridley Scott, que a atuação de Noomi Rapace e que a ótima trilha sonora conseguiram transmitir.

 E mesmo sendo um filme que tem um 'continua-se' imprimido na cara, ainda sim a trama de Prometheus não deixa de causar muitos pensamentos no final da sessão. È um filme que exige que o espectador pense, a trama não vem mastigada, e assim, da um excelente pontapé para a formação de uma nova série (é o tipo de filme que a continuação tem muitas chances de ser bem melhor do que o original). A teoria da criação do ser  humano é retratada de forma muito interessante aqui.

 Falhas a parte, Prometheus surge como uma nova ficção científica que ficará marcada na lista dos fãs da série Alien. Extramente grandioso visualmente, com cenários e cenas belíssimas (principalmente a primeira cena), com boas atuações, com uma trama ousada, corajosa, diferente e muito interessante, e com uma tensão constante capaz de fazer o espectador sair sem fôlego da sala de cinema. Esse é um filme que merece ser visto.

Produção: EUA, 2012.
Título original: Prometheus.
Direção: Ridley Scott.
Elenco: Noomi Rapace, Charlize Theron, Michael Fassbender, Logan Marshall-Green, Idris Elba.
Distribuição: Twentieth Century Fox.
Data de estréia: 15\06\2012.
Ação; Ficção científica; Suspense - 2h 05 min (125 minutos).
 Classificação indicativa 14 anos.

Crítica e Ficha - MIB 3: Homens de Preto.

 Bom.

 Devido as boas idéias, ao carisma dos personagens e a mistura única de humor, aventura e ficção científica, em 1997, Mib: Homens de Preto virou um sucesso. Cinco anos depois foi lançado o segundo filme, que decepcionou muitos fãs, e dez anos depois do segundo e quinze anos depois do primeiro é lançado um terceiro filme que tenta trazer a franquia de volta, e consegue.

 Desta vez, um alienígena pretende se vingar de K, e para isso, volta para 1969 e o mata, o que faz o agente especial desaparecer no presente. Descobrindo que K desapareceu e o porque, o agente J também resolve dar um pulo no tempo e voltar para o passado para salvar a vida do parceiro.

 Uma das melhores notícias desse terceiro é a volta do diretor dos dois primeiros. O resultado é tudo o que um filme que da uma sobrevida em uma franquia precisa: resgatar o mesmo espírito que fez da série um sucesso.

 O principal objetivo está comprido: Mib 3 é divertido, espirituoso, criativo, com um visual caprichado e engraçado. O filme pode não ter a força para se tornar um grande sucesso como primeiro se tornou, até porque não consegue ter aquele 'q' de originalidade, mas tem força para fazer o espectador sair bastante satisfeito da sala de cinema, simplesmente por ter assistido um filme a lá sessão da tarde que cumpre seu objetivo. Acaba sendo aquele assunto: não é porque um filme é direcionado apenas para a diversão, que ele não precisa ser bem executado e até certo ponto inteligente, e esse terceiro filme consegue tudo isso. Com novas figuras alienígenas muito bem criadas, e com o mesmo clima de humor inteligente e de aventura científica do primeiro, os fãs não podem perder esse terceiro episódio.

Produção: EUA, 2012.
Título original: MIB 3: Men in Black.
Direção: Barry Sonnenfeld.
Elenco: Will Smith, Josh Brolin, Tommy Lee-Jones, Jemaine Clement, Emma Thompson e Michael Stuhlbarg.
Distribuição: Columbia Tristar.
Data de estréia: 25\05\2012.
Aventura; Ficção cientifica; Comédia - 1h 46 min (106 minutos).
 Classificação indicativa 10 anos.

Crítica e Ficha - Branca de Neve e o Caçador.

 Regular\Bom.

 Apesar de nós sempre lembrarmos que esperar demais de um filme é perigoso, alguns filmes não conseguimos não criar certa expectativa. Branca de Neve e Caçador foi um desses casos, que apesar de ter tido a chance de ser um grande desastre, empolgou todos com um excelente trailer com uma publicação de qualidade. Felizmente, o produto é razoável. Apenas destaco, e destaco muito bem, que o filme, de certo modo, foi publicado de forma errada, na forma de um filme medieval de ação frenético e cheio de cenas de agitadas, o que não acontece. É um filme bem parado, bem lento, com cenas frias, e poucas cenas de ação, e por isso, acaba apenas dando a sensação para o espectador de que aquilo não foi o que ele pagou para ver.

 A trama é bem próxima das muitas outras repaginadas do conto. Branca de Neve é filha do rei do grande reino em que vive. Contudo, o rei acaba sendo enfeitiçado pela bela aparência de Ravena, que mata o rei e toma conta do reino, além de aprisionar Branca de Neve em uma torre. Como forma de manter uma certa autoridade e manter sua juventude, Ravena é obcecada em ser jovem para sempre e ser a mais bela de todas. Quando ela descobre que Branca de Neve está prestes a ocupar seu lugar de mais bela de todas, ela decide matar a jovem, a qual consegue fugir de sua cela no mesmo momento. A partir disso, Branca de Neve começa uma desesperada fuga.

 Além de ser diferente do que aparentemente seria, Branca de Neve e o Caçador acaba falhando em algumas cenas por um roteiro que, ao mesmo tempo que acerta, também erra. Os acertos ficam por parte de algumas situações fiéis ao conto original e que ficam bacanas no filme, e a excelente criação da rainha má, personagem que, além de contar a com a sempre fantástica atuação de Charlize Theron, é muito bem criada e bem aprofundada, cheia de ótimas cenas. Contudo, alguns erros grosseiros são cometidos, como a falta de simpatia de alguns personagens, algumas situações facéis e clichês e algumas desandadas na história, o que chega a tornar o filme meio chato em algumas sequências.

 O assunto mais polêmico do filme, o qual todos estão falando e comentando, é a atuação de Kristen Stewart. Na minha opinião, nem cheira nem fede. A atriz traz uma atuação razoável em algumas cenas, mas em outras parece que voltar a incorporar a tosca da Isabella Swan de Crepúsculo, com a mesma cara de dor de barriga. Charlize Theron, como já dito, rouba a cena, e Chris Hemsworth se mostra um ator regular, que não consegue conquistar a simpatia do público, apesar de também não ter um personagem muito bom ao seu lado, ao contrário da grande rainha Ravena.

 E um dos filmes mais esperados do ano vai assim: erra e acerta, erra e acerta... O visual do filme é muito bacana, sombrio quando precisa ser, mas também alegre e colorido em algumas cenas, como na cena em que eles acham o santuário das fadas, o que traz uma bacana característica de conto de fadas ao filme, mesmo tendo um clima sombrio. A direção é razoável e Rupert Sandres sabe filmar, mas o maior problema mesmo do filme é o roteiro, que tem como acerto a criação da rainha má, mas também dá algumas desandadas em um bom par de cenas. É menos do que eu esperava, mas não chega a ser uma decepção.

Título original: Snow White and the Huntsman.
Produção: EUA, 2012.
Direção: Rupert Sandres.
Elenco: Kristen Stewart, Charlize Theron, Chris Hemsworth, Ian McShane e Sam Claflin.
Distribuição: Universal.
Data de estréia: 1o\06\2012.
Aventura - 2h 07 min (127 minutos).
 Classificação indicativa 12 anos.

Bons filmes para próximas semanas.

 2012 está cheio de blockbusters e super lançamentos. Apenas esse ano, já tivemos super-sucessos, como Jogos Vorazes e Os Vingadores (este caminhando para se tornar uma das grandes bilheterias do cinema). Melhor do que isso é que os filmes este ano estão sendo muito agradáveis e de qualidade. Nesse sentido, abaixo estão listados alguns dos próximos lançamentos que podem ser bons filmes.

 MIB 3: HOMENS DE PRETO - 10 anos após o 2o filmes, a série de sucesso Homens de Preto está de volta. O primeiro filme fez muito sucesso em seu lançamento pelo humor inteligente e pela história divertida e engraçada. A estréia acontece dia 25\05.

 BRANCA DE NEVE E O CAÇADOR - Após o fraco Espelho, Espelho Meu, temos que esperar alguma coisa dessa nova versão do conto de Branca de Neve, agora voltada para o público mais adulto. O intenso marketing do filme está muito interessante, com fotos fantásticas, clipes muito bons e um trailer excelente, que pode ser visto abaixo. Ao estilo Senhor dos Anéis, esse Branca de Neve promete ser um grande filme. A estréia ocorre dia 1o de Junho.

 MADAGASCAR 3: OS PROCURADOS - Apesar de não serem geniais como muitos outros desenhos, os dois primeiros Madagascar foram animações muito divertidas, engraçadas, com um humor afiado e coloridas. Agradaram tanto aos adultos quanto às crianças. O trailer do novo terceiro filme já arranca risadas o bastante, o que causa certa expectativa para o próprio filme. A estréia ocorre dia 07 de Junho.

 PROMETHEUS - Sem dúvidas, Prometheus é um dos grandes eventos cinematográficos dos últimos anos. Se trata do retorno de Ridley Scott para o estilo Alien, filme que ele conseguiu tornar um dos grandes clássicos de todos os tempos. Segundo a imprensa, Prometheus se tratará de um prequel da trama de Alien, explicando algumas origens do monstrego da década de 70. Uma coisa é certa: todos os fãs estão muito anciosos. A estréia ocorre dia 15 de Junho.

Crítica e Ficha - Anjos da Noite: O Despertar.

 Regular.

 Anjos da Noite: Underworld fez um sucesso inesperado quando foi lançado, e agradou muita gente. Apesar de não ter sido um filme muito inteligente, conquistou o público por ter um tema original, uma trama bem amarrada e por garantir duas horas de pura diversão. O segundo, lançado 3 anos atrás, continuou sendo um tanto clichê, mas ainda sim era divertido. O decaimento já ocorreu com o terceiro filme, que mal dava continuidade aos dois primeiros e não possuia a metade do carisma. O recente quarto filme, lançado esse ano, continua sendo a mesma continuação sem graça que o antecessor foi.

 Os vampiros e os lycans foram descobertos pelos humanos, e começaram a ser caçados e exterminados pelos mesmos. Agora, a guerra não envolve apenas as duas raças. Nesse cenário, os apaixonados Selene e Michael decidem fugir, mas acabam sendo alvos de um ataque. Selene acorda 12 anos depois e descobre que esteve congelada durante todo esse tempo, e também descobre que muita coisa mudou.

 Se o filme não é de todo tão ruim, é porque algumas reviravoltas na história até são bem sucedidas. Em algumas cenas, o filme sabe dar continuidade aos dois primeiros filmes e amarrar bem o conflito de Selene com sua filha, além de haver a idéia de envolver os humanos na guerra entre as duas raças. Mas de resto, Anjos da Noite 4 não tenta, nem um pouco, disfarçar que só foi lançado para arrancar mais dinheiro das pessoas que vão ao cinema. Um monte de situações fáceis e clichês são criadas durante o filme, embaladas por frenéticas, violentas e gratuitas cenas de ação. Se nos outros filmes pelo menos os efeitos visuais agradam, nesse eles são bastante falsos e pouco apurados.

 Mas o que mais irrita é o fato de o filme só empurrar as coisas para frente, trazendo um final extremamente preguiçoso, mal resolvido e que só pensa em deixar brexas para próximos filmes, para que mais dinheiro fácil entre nos cofres. Não é um filme sofrível e que desafia o espectador a assistir até o final, mas é um filme feito unicamente para arrecadar dinheiro, e para deixar mais fácil o caminho para outros filmes mais gratuitos ainda para a série, que irão dar mais dinheiro fácil. Se a série Anjos da Noite já foi boa, agora está na hora de dizer chega. Mas enfim, Jogos Mortais continuou com continuações sofríveis até o sétimo capítulo, não foi? Aqui pelo menos estamos no quarto. E espero que pare por aí.

Produção: EUA, 2011.
Título original: Underworld: Awakening.
Direção: Mans Marlind, Bjorn Stein.
Elenco: Kate Beckinsale, Stephen Rea, Michael Ealy, India Eisley, Sandrina Holt e Charles Dance.
Distribuição: Columbia Tristar.
Data de estréia: 02\03\2012.
Ação - 1h 28 min (88 minutos).
 Classificação indicativa 16 anos.