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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Crítica e Ficha - Os Vingadores.

 Bom\Muito Bom.

 Os Vingadores, como muitos concordam, é um dos filmes mais esperados e mais ambiciosos dos últimos anos. Desde 2008, com Homem de Ferro e Incrível Hulk, a Marvel começou a atiçar os fãs com cenas pós-créditos que davam uma iniciada em um filme que juntaria vários heróis em um só filme. Depois de anos de espera, os fãs da revista de quadrinhos podem experimentar ver na tela grande homem de ferro e Hulk lutando juntos, e ainda melhor, em 3D ou até na tela colossal e no som estremessedor das salas Imax.

 A trama, bastante fraca e previsível diga-se de passagem, começa com Loki, o irmão de Thor, conseguindo passar de Asgard para a Terra através de um portal. Ele deseja, através de poderes, escravizar a humanidade. Para evitar, o diretor da S.H.I.E.L.D, Nicky Flury, põe em prática a iniciativa Os Vingadores, que consiste em reunir um grupo de pessoas especiais para que, quando a humanidade corresse risco, o que começa a acontecer, eles evitassem.

 Para começar a crítica, tenho que ressaltar que Os Vingadores me fez lembrar de uma coisa: é perigoso entrar em uma sala de cinema esperando demais de um filme. Eu entrei na sala de Os Vingadores esperando um dos grandes filmes dos últimos anos, como muitos estavam comentando que o filme é desde que ele estreiou. Tenho que dizer que perto da minha expectativa, eu me decepcionei. Digamos que com menos erros de roteiro e alguns acertos a mais, Os Vingadores me lembrou um poco a fórmula de Michael Bay com seu Transformers 3 de 2011 (trama rala e muita, mas muita ação e efeitos visuais hipnotizantes).

 De maneira alguma estou falando que Os Vingadores é um filme ruim. É sim um filme que consegue trazer o que propôs. Sabe dar tempo para cada herói ser aprofundado, sabe amarrar bem as situações, e assim, consegue, até certo ponto, envolver o espectador na história. Mas ainda sim a previsibilidade reina e o filme termina do modo mais óbvio possível.

 Vale a pena ressaltar o trabalho do diretor Joss Whedon. Quando o roteiro falha, Whedon está lá para preencher os buracos e dar uma sobrevida a trama que quase começa a falhar. Ele também possui o talento  de filmar a ação. Acompanhado de efeitos visuais da mais altíssima qualidade e do mais excelente apuro técnico (que ficam ainda melhores com o 3D), ele cria cenas de ação colossais e impressionantes, que apenas ficariam melhor se soassem menos gratuitas e o roteiro se preocupasse mais em dar um real motivo para elas estarem acontecendo (como fez o excelente Missão Impossível 4 do ano passado).

 Mas apesar dos erros, e eles são sim presentes, é sempre muito legal ver Thor, Homem de Ferro e Capitão América lutando um contra o otro, ou os três, junto com Hulk, Viuva Negra e Arqueiro, se apoiando contra monstros gigantescos do espaço que colocam os prédios de Nova York em pedaços. Apesar da trama fraca incomodar, a produção caríssima, a direção certeira e alguns acertos no roteiro tornam o filme satisfatório.

Produção: EUA, 2012.
Título original: The Avengers.
Direção: Joss Whedon.
Elenco: Robert Downew Jr, Chris Evans, Chris Hemsworth, Eric Bana, Scarlett Johansson, Jeremy Reener, Stellan Skarsgard, Tom Hiddleston e Samuel L. Jackson.
Distribuição: Paramount.
Data de estréia: 27\04\2012.
Ação - 2h 22 min (142 minutos).
 Classificação indicativa 12 anos.

  
  
  




domingo, 22 de abril de 2012

Crítica e Ficha - Fúria de Titãs 2

 Regular.

 O primeiro Fúria de Titãs foi um fracasso de crítica e público. O filme agradou a poucos, e foi muito criticado, principalmente, pela porca e mentirosa conversão para o 3D. Apesar disso, o filme se saiu bem nas bilheterias, obviamente o único motivo para ganhar uma continuação 2 anos depois. Eu não achei o primeiro filme tão ruim, apenas achei bastante descartável, e o segundo episódio é praticamente igual.

 Perseu agora é um pescador e vive com seu filho em uma ilha. Contudo, ele vai ter que assumir a grande responsabilidade de semi-deus novamente quando Zeus, seu pai, é preso por Hades. As forças de Zeus serão transmitidas para Cronos, o maléfico pai dos Deuses.

 Praticamente todas as falhas do primeiro filme se repetem. O roteiro continua sendo infantil, falho, entupidasso de clichês, sem um pingo de criatividade e insuficiente para realmente prender a atenção do espectador durante toda a projeção. Personagens mal aprofundados, situações mais desenvolvidas e crateras na história são bastante presentes.

  Para dizer que alguma coisa melhora, temos uma direção um pouco mais firme. Jonathan Liebesman dirige melhor os atores e, apesar de não ter uma história muito boa ao seu lado, filma muito bem as cenas de ação, que já conseguem ser hipnotizantes pelos efeitos visuais grandiosos e que enchem os olhos do espectador. Mesmo sendo totalmente gratuitas e acompanhadas por uma história falha, as cenas de ação conseguem prender o espectador na cadeira, o que salva um pouco o filme. Mas ainda sim, Fúria de Titãs 2 é igual ao seu primeiro. Não há desculpa nenhuma para esse filme existir, se não o dinheiro que irá entrar para os cofres da Warner. Se nos Estados Unidos o filme não fez tanto sucesso, no Brasil está na liderança há semanas. Existem filmes muito melhores sendo lançados, podem acreditar.

 Obs: vale mais a pena ver o trailer do filme. Este foi muito bem feito, ao contrário do próprio filme que tenta divulgar.



Produção: EUA, 2011.
Título original: Wrath of Titans.
Direção: Sam Worthington, Liam Neeson, Ralph Fiennes e Edgar Ramírez.
Distribuição: Warner Bros.
Data de estréia: 30\03\2012.
Aventura; Ação - 1h 40 min (100 minutos).
 Classificação indicativa 12 anos.




sábado, 21 de abril de 2012

Crítica e Ficha - American Pie: O Reencontro.

 Bom.

 Em 1999, American Pie conquistou o público adolescente com um humor que apostava para sexo, besteiras e confusões. A baixaria rolava solta na tela, mas conseguia fazer o espectador rir, apesar de um certo apelo de vulgaridade. Apesar de conseguir fazer o espectador rir e se divertir,  o primeiro American Pie é extremamente carente de qualquer característica que o classificasse como um filme realmente bom. O filme praticamente não tem um roteiro, nem direção ou nem atuações boas. Dos dois próximos capítulos (ignorando a sequência de filmes deploráveis lançados direto em DVD), a situação piorava mais ainda. Eram piadas totalmente sem graça e os filmes eram ainda mais carentes de um roteiro, ou melhor, de uma história qualquer.

 . 13 anos depois, os fãs podem voltar a curtir as trapalhadas de Jim e sua turma em O Reencontro, que de longe, é o melhor American Pie de todos. A trama se apoia em um reencontro que Jim, Oz, Finch e Kevin promovem, com intenção de matar as saudades dos velhos tempos. Contudo, eles acabam lidando com os conflitos de uma vida nem tão boa quanto eles pensavam que seriam. Para atrapalhar, Stifler acaba aparecendo sem ser convidado, e esse sim, acaba não demonstrando nenhuma maturidade a mais.

 . Não dá para dizer que esse quarto American Pie (tratando apenas dos filmes originais com os personagens originais) sai ileso de falhas. O filme ainda tem problemas de roteiro, abusa dos clichês em algumas cenas, tem algumas situações mal resolvidas, etc... Mas mesmo com essas falhas, a evolução em comparação com os outros filmes é gigante. Desta vez, existe uma história, boazinha ao menos, que traz um motivo para aquelas inúmeras atrapalhadas estarem acontecendo. O filme trata muito bem dos conflitos dos ex-jovens que agora já se vêm em trabalhos entendiantes, falta de vida sexual, relacionamentos em crises,  etc... Nesse modo, o filme consegue ganhar a simpatia de quem acompanhou o primeiro filme em 1999 quando ainda era adolescente, e agora se vê na mesma idade dos personagens. Há uma boa dose de nostalgia.

 . Acompanhando muito bem esse conceito, o humor do filme é muito mais maduro. Mas calma. American Pie sempre será American Pie. As piadas besterentas ainda estão lá, o forte conteúdo sexual ainda é bem presente, mas dessa vez, o filme aposta em humor bem mais 'besteirol pastelão' do que 'besteirol vulgaridade'. As piadas se aponham mais em situações que fazem o espectador não parar de rir durante minutos, do que numa rápida baixaria.

 . O Reencontro conta com uma direção mais cuidadosa, com um roteiro mais trabalhoso, com uma certa profundidade de história e de personagens e com piadas ainda besteirentas e muito sexuais, mas mais inteligentes, mais maturas e mais engraçadas, o que torna esse novo American Pie uma competente tentativa de trazer a série de novo para o cinema. Mesmo com defeitos, a proposta de fazer rir, de fazer divertir e de ver muita besteira na tela, o filme cumpre. Risadas garantidas.

Produção: EUA, 2012.
Título original: American Reunion.
Direção: John Hurwitz e Hayden Schlossberg.
Elenco: Jason Biggs, Eugene Levy, Alyson Hannigan, Chris Klein, Thomas Ian Nicholas, Tara Reid, Sean William Sco:tt e Eddie Kaye Thomas.
Distribuição: Universal.
Data de estréia: 20\04\2012.
Comédia - 1h 53 min (113 minutos).
 Classificação indicativa 16 anos.

  
  


sábado, 14 de abril de 2012

Crítica e Ficha - Titanic 3D

 Excelente.

Titanic 3D Titanic é um dos maiores filmes do cinema. Mesmo quem não gosta do filme, não pode negar: o número de pessoas que gostam do filme é gigantesco e conseguir ser a maior bilheteria da história do cinema durante 12 anos prova que o sucesso é grande. James Cameron, como quase sempre faz em seus filmes (inclusive com Avatar, que em 2010 conseguiu o posto de maior bilheteria do cinema, tirando a posição de Titanic), transforma uma história aparentemente simples em algo espetacular. Como todos sabem, a trama de Titanic não guarda nenhum segredo. É uma relação amorosa gigantesca entre duas pessoas a bordo do grande navio que afundou há extamente 100 anos atrás (14 de abril de 1912).

 Contudo, Cameron cria mundos fantásticos. Em Titanic, ele usa a personagem principal do filme já idosa, que decide contar para um grupo de pesquisadores o que aconteceu em sua viagem no Titanic. A partir daí, o filme consegue criar personagens tão carismáticos, tão bem aprofundados, que é impossível não sentir afeto, por exemplo, pela triste situação que Rose se encontra, e não sentir a felicidade que ela se vê em suas fulgas e festas da 3a classe com Jack, quem, como ela mesma diz, salva ela de todas as maneiras que alguém pode salvar uma pessoa.

 Depois de uma série de ótimas cenas de romance (a melação rola no ar, é verdade, mas eu passo longe de sentir tédio ou de achar tudo piegas), o navio começa a afundar, onde Cameron aposta no suspense e na ação, e consegue. A tensão atinge seu auge máximo, com cenas em que o espectador se contorce torcendo pelos personagens, graças, é claro, as ótimas situações, atuações e roteiro que o filme tem. Mesmo depois de 15 anos de seu lançamento, os efeitos visuais ainda não parecem antiquados e falsos, assim como a trilha sonora (fantástica), a fotografia, a direção de arte, etc... O filme absolutamente não envelhece, e as cenas do Titanic afundando ainda impressionam pelo apuro técnico. Não é a toa que o filme venceu 11 Oscars.

 . Quanto ao 3D, vale a pena o preço do ingresso. Provavelmente por o filme não ter sido filmado pensado no 3D, os efeitos não são tão abussivos, e não fazem tanta diferença como Cameron fez em Avatar. Mas a tridimensionalidade, na maioria das cenas, ajuda o espectador a se envolver mais ainda com a história, em um filme que já é extremamente envolvente. Vale destaque para a cena em que Rose e Jack vão para a festa da 3a classe (os efeitos 3D se destacam, e o espectador quase se sente dentro da festa) e para algumas cenas em que o navio está em seus últimos momentos. Justamente nas cenas mais tensas do filme o 3D ajuda o espectador a ficar mais tenso ainda.

 Em resumo, Titanic 3D não é só um relançamento em busca apenas de dinheiro. Claro, há a intenção de arrcadar mais, mas conhecendo James Cameron, todos sabiam que um bom trabalho seria feito, e foi. Os efeitos 3D são bons. Mas mesmo que não fossem, ver (para quem não teve oportunidade) ou rever Titanic no cinema não tem preço. É um filme envolvente, fantástico, que traz algumas das cenas mais bonitas do cinema, uma das histórias mais emocionantes e que não envelhece. É absolutamente e completamente um exemplo de como contar uma história, uma prova de que não são necessárias idéias geniais para se fazer cinema de verdade. Tudo, absolutamente tudo, funciona em Titanic. É um filme que não envelhece, que o espectador pode ver 10 vezes e não cansa, que tem três horas e 15 minutos de duração que passam voando, e que promete não se desgastar com o tempo, pois, mesmo após 15 anos de seu lançamento, ainda é um filme que ganha seu lugar na memória de muita gente.

Título original: Titanic.
Produção: EUA, 1997.
Direção: James Cameron.
Elenco: Kate Winslet, Leonardo di Caprio, Kathy Bates, Billy Zane e Francis Fisher.
Data de estréia: Outubro de 1997 - Relançamento 3D: 13\04\2012.
Romance; Drama - 3h 14 min (194 minutos).
 Classificação indicativa 12 anos.

  
  

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Crítica e Ficha - Jovens Adultos.

 Bom\Muito Bom.

Jovens Adultos : poster Jason Reitman, que chamou atenção com Amor Sem Escalas, faz uma parceria com a excelente roteirista de Juno e traz mais uma mistura de comédia e drama com Jovens Adultos, que estréia nesse dia 6 de abril nos cinemas brasileiros. Felizmente, todos os acertos que Reitman trouxe nos seu primeiro grande sucesso, ele traz de novo. A história bem contada, a direção certeira, atuações excelentes, ironia, etc...

 A história é de Mavis Gary. Ele é um tipo de ghost-writer de uma série de livros adolescentes que, apesar de já ter sido febre, agora caiu no esquecimento. Ela vive uma vida desregrada, solidária, infeliz, saindo e bebendo todos os dias. Ou seja, é infeliz do jeito que é, mas não consegue mudar. Ela se surpreende quando recebe um e-mail do seu ex-namorado da época do ensino médio. Ele a chama para o chá de bebê de seu filho. Logo, Mavis decide voltar para sua cidade natal, onde viveu toda a adolescência e a infância, antes de sair da pequena cidade, se mudar para a cidade grande e se tornar escritora.

 Em primeiro lugar, é, mais uma vez, extremamente bem-vindo esse jeito muito inteligente e delicioso de Reitman disfarçar um pouco o forte drama de seus filmes com um humor irônico e ácido, que mesmo que não faça o espectador rir, sempre está presente nos criativos e inteligentes diálogos. Cuidado, Jovens Adultos é um filme de drama, mas que consegue ser irônico ao mesmo tempo. Além disso, temos o roteiro inteligente, personagens extremamente bem criados, humanizados e muito bem aprofundados, o que aproxima o espectador da trama.

 Para ajudar mais ainda, temos as atuações. É extremamente necessário falar da sensacional atuação de Charlize Theron. É um prazer ver a sul-africana atuando com Mavis no filme. Além de ter uma beleza excepecional, a atriz entende a personagem, estuda a personagem, e interpreta-a tão bem, que torna o filme ainda mais humanizado e ainda mais interessante. Merecia, no mínimo, uma indicação ao Oscar.

 Como muitos filmes, não é para quem vê cinema apenas como uma diversão para um domingo a tarde. É um filme complexo e que trata de assuntos muito interessantes de uma maneira muito diferente. Há disucussões de antigos amores, de casamento, de traição, mas ainda mais de pessoas que se vêm em situações parecidas a de Mavis. Sem querer estragar as surpresas, mas o filme não podia acabar de melhor forma do que acabou. Charliza Theron falando 'vida, aí vou eu', finaliza o filme muito bem.

Produção: EUA, 2011.
Título original: Young Adult.
Direção: Jason Reitman.
Elenco: Charlize Theron, Patrick Wilson, Patton Oswalt, Elizabeth Reaser e J.K. Simmons.
Distribuição: Paramount.
Data de estréia: 06\04\2012.
Drama; Comédia - 1h 34 min (94 minutos).
 Classificação indicativa 12 anos.

Jovens Adultos : foto Jovens Adultos : foto Jovens Adultos : foto
Jovens Adultos : foto