



Regular / Bom.
É extremamente difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar da história dos três mosqueteiros. É nessa popularidade da história que Os Três Mosqueteiros já recebeu muitas adaptações. Três delas foram grandes produções para o cinema: uma de 1948, outra de 1993 e essa nova de 2011. Desta vez, o encarregado da missão é Paul W.S. Anderson, responsável por arrastas quarteirões como Resident Evil 4 e Alien Vs. Predador. E é isso mesmo: o estilo do diretor está mais uma vez presente nesse novo filme, porém a qualidade caiu um pouco. Para quem não sabe, Anderson é um tanto á lá Michael Bay, ou seja, gosta de criar história à serviço dos efeitos. Nada contra. O diretor criou uma razoável e divertida ação com terror (Alien Vs. Predador), mas se superou ano passado em Resident Evil 4, onde a abundância de efeitos sonoros e visuais, no geral, eram tão grandes e de uma qualidade tão reconhecível, que a história nem importava, ainda mais com um 3D de encher os olhos que se igualou à Avatar e trazia um novo sentido ao filme.. Agora ele se arrisca trazendo uma nova versão do clássico de Alexandre Dumas. Muitas mudanças na história são presentes, mas o principal ainda continua o mesmo: D'artagnan é um jovem do interior que vai à Paris para se juntar ao grupo dos melhores lutadores do mundo: Os Três Moqueteiros. Porém, ele acaba se envolvendo com os três e vive uma grande aventura para impedir uma grande guerra.
. Contudo, Os Três Moqueteiros não traz o fascino visual e sonoro que Anderson criou em Resident Evil 4, no ano passado, para chegar a cobrir totalmente uma história rasa e fraca. Tudo bem que tudo é explicado direitinho e a história dá uma reviravoltas bacanas de vez em quando. Mas Os Três Mosqueteiros é um bolo gigante de clichês. A narrativa do filme é pobre, sempre se apoiando em narração por conta dos personagens para que o espectador entenda a história. O decorrer da história não guarda nenhum segredo, e é igualzinho à vários filmes já vistos por aí. Mas nem tudo está perdido. Apesar de ser bastante regular visto de um ponto de vista crítico, quem procura diversão barata, simples e rápida, talvez encontre. O filme faz totalmente aquele estilo de filmes de aventura de época, com cenas de ação empolgantes, humor familiar e divertido e uma história leve e sem compromissos. O resultado é um filme que funciona quando o objetivo é reunir a família numa tarde de domingo.
. Com $100 milhões de investimento, é totalmente visível no que o filme foi investido. Os pontos mais altos são a direção de arte e figurino. Requintados e do melhor bom gosto, o filme tem ambientes belíssimos inspirados na França de alguns séculos atrás e roupas majestosas que fazem juz aos personagens ricos que as vestem. E, apesar de quase todas as atuações serem bem medianas, principalmente do ícone Christoph Waltz, que realiza uma atuação mediana, Milla Jovovovich traz uma divertida atuação. A atriz sabe muito bem criar a bela, falsa e traiçoeira Milady, trazendo uma personagem com vida para a tela, que ao mesmo tempo é maléfica e ao mesmo tempo é divertida e irreverente.
. Para quem está em dúvida, que fique óbvio que Paul W.S. Anderson traz seu estilo mais uma vez. História rasa, narrativa pobre, visual bacana e diversão barata garantida. Visto de um ponto crítico, o filme peca, mas quem vai ao cinema sem exigir muito, como a maioria das pessoas fazem, pode gostar do filme e sair sastisfeito.
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