Confira a ficha e a crítica de O Artista, o grande vencedor do Oscar 2012

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(O filme levou os prêmios de Melhor Filme, Diretor (Michel Hazanivicius), Ator (Jean Dujardin), Trilha Sonora Original e Figurino).

O único que conseguiu bater O Arista no número de indicações foi A Invenção de Hugo Cabret, que liderou nas categorias técnicas.  Conseguiu as categorias de Melhores Efeitos Visuais, Fotografia, Direção de Arte, Edição de Som e Mixagem de Som. Confira crítica e ficha de A Invenção de Hugo Cabret clicando aqui.

Filme - A Invenção de Hugo Cabret.

 CRÍTICA.
Produção: EUA, 2011.
Título original: Hugo.
Direção: Martin Scorsese.
Elenco: Asa Butterfield, Chloe Moretz, Ben Kingsley, Jude Law, Christopher Lee, Sacha Baron Cohen, Helen McCrory e Emily Mortmer.
Prêmios: GLOBO DE OURO 2012 - Indicações Melhor Filme (Drama), Melhor Diretor (Martin Scorsese) e Melhor Trilha Sonora. OSCAR 2012 - Indicações Melhor Filme, Melhor Diretor (Martin Scorsese), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhor Figurino, Melhor Montagem, Melhor Trilha Sonora, Melhor Edição de Som, Melhores Efeitos Sonoros e Melhores Efeitos Visuais.
Distribuição: Paramount.
Data de estréia: 17/02/2012.
Aventura - 2h 06 min (126 minutos).
 Classificação indicativa Livre.

Sinopse: Hugo é menino que perdeu o pai, e agora vive em uma estação de trem de Paris. Contudo, ele tem como objetivo termina uma coisa que começou com seu pai: desvendar o que um boneco de metal, encontrando em um museu, consegue fazer.

  
  
  
  
 

Crítica - A Invenção de Hugo Cabret.

 Muito Bom/Excelente.

 Martin Scorsese é um dos diretores mais prestigiados, premiados e conceituados do cinema. Os seus filmes mais marcantes normalmente são filmes que tratam de máfia. Tanto que ele é diretor de dois grandes filmes do assunto: Os Bons Companheiros e Os Infiltrados. Contudo, o diretor sentiu vontade que suas filhas, ainda crianças, pudessem ver um de seus filmes. Foi aí que ele decidiu fazer A Invenção de Hugo Cabret, um dos filmes preferidos do Oscar 2012 e, sem dúvidas, o melhor filme de 2012 até agora.

 . Hugo é um garoto que vive em uma estação de trem de Paris, no século XX. Ele vive sozinho, e tem como companhia apenas um boneco de metal, que foi descoberto por seu pai, mas antes que eles conseguissem desvendar o que aquele boneco fazia, o pai de Hugo faleceu. O garoto tem como principal objetivo conseguir fazer o boneco funcionar, e desse modo, irá se envolver com um velho comerciante da estação que tem uma história bastante importante e marcante.

 . Em primeiro lugar, a história de A Invenção de Hugo Cabret é muito, mas muito bonita. Martin Scorsese irá conseguir conquistar cada um que é apaixonado por cinema. O diretor faz uma gigantesca e devotada declaração de amor pelo cinema. Em várias cenas, há personagens que são apaixonados por cinema e o descrevem como uma magia, como uma viagem por um mundo fantástico. Aproveitando a onda, o diretor faz uma declaração ainda mais escancarada a um grande fênomeno do cinema: George Méliés. O espectador, simplesmente, se apaixona pelo homem e fica fascinado pelo que ele faz em uma época em que o cinema estava ainda começando. É simplesmente emocionante a história de Méliés, e ainda mais emocionante o jeito que Scorsese conta essa história. Infelizmente, para quem não sabe, Méliés fez coisas que poderiam revolucionar o cinema., mas acabou morrendo esquecido e pobre.

 . Além disso, o filme tem um visual deslumbrante. A direção de arte é de ponta, a fotografia é belíssima, a trilha sonora é competente, os efeitos visuais, mesmo que não muito presentes, são muito bons quando aparecem na tela. Não é a toa que o filme tem 11 indicações ao Oscar. Tudo isso ainda é auxiliado pelo excelente 3D. Esqueça aqueles filmes que te fazem de trouxa, fazendo você pagar mais caro no ingresso e a experiência ser a mesma que o 2D. Hugo Cabret é um filme para ser visto em 3D. Não é a toa que Scorsese está apaixonado pela tecnologia. Aqui, ela realmente ajuda o espectador a viajar mais ainda para a história.

 . Apenas vejo um problema em A Invenção de Hugo Cabret: o roteiro, perto de tantas qualidades no filme, é uma das grandes falhas. Há algumas passagens desnecessárias, algumas cenas um pouco soltas, e algumas até meio infantis demais, o que faz com que o filme perca o ritmo em algumas partes. Mas ainda sim, está longe de estragar o fantástico filme que é A Invenção de Hugo Cabret. Um filme divertido, bem-feito e extremamente emocionante e cativante para todas as idades, para qualquer um. Mas principalmente marcante para quem  ama cinema e vê essa paixão sendo relatada da melhor forma possível por um homem apaixonado por cinema e que cada vez mais, fica marcado na história do cinema: Martin Scorsese.

Filme - Cada um Tem a Gêmea que Merece.

 CRÍTICA.
Produção: EUA, 2011.
Título original: Jack and Jill.
Direção: Dennis Dugan.
Elenco: Adam Sandler, Katie Holmes, Al Pacino, David Spade e Rob Schneider.
Distribuição: Columbia Tristar.
Data de estréia: 10/02/2012.
Comédia - 1h 30 min (90 minutos).
 Classificação indicativa 10 anos.

Sinopse: Jack é bem sucedido, com dois filhos e uma bela mulher, mas o grande problema será ter que aguentar sua irmã, Jill, no feriado de Ação de Graças.

  
 

Crítica - Cada um Tem a Gêmea que Merece.

 Ruim.

 O diretor Dennis Dugan e o ator Adam Sandler já se juntaram duas vezes, apenas nos últimos dois anos, para realizarem duas comédias: Gente Grande e Esposa de Mentirinha. O resultado eram filmes com falhas, confesso, mas tão divertidos, tão engraçados, tão leves, tão despretensiosos, que eram capazes de fazer qualquer um entrar estressado na sala do cinema e sair relaxado. Não é a toa que os dois filmes são considerados por muita gente. Mas dessas vez o que aconteceu está longe de ser um acerto.

. A história é de dois gêmeos: Jack e Jill. Jack possui uma bela casa, com dois filhos e é casado com uma bela mulher. Jill é sozinha e é extremamente irritante e incoveniente. O grande problema é que Jack terá que aguentar Jill no feriado do Dia de Ação de Graças.

 . Uma comédia não precisa ser perfeita. Um humor inteligente, boa químcia entre os atores, boas atuações e uma história divertida são necessários. Mas Cada um Tem a Gemea que Merece não tem nenhum desses. Apesar de em algumas cenas conseguir arrancar alguns risos, o humor do filme, no geral, é grotesco, burro e rídiculo (a não ser que você veja graça em alguém tendo uma diarréia péssima no banheiro e fazendo um barulho altíssimo). Os atores estão péssimos. Não há nenhuma química entre Adam Sandler e Katie Holmes, tirando que Sandler até se sai bem e engraçado travestido de mulher. A história é chata, irritante, se é que o filme tem uma história. O filme, na verdade, não tem roteiro. Qualquer criança pode fazer um roteiro desse baseado no pior filme de Sessão da Tarde. É irritante como o filme fica mostrando a atrapalhadas de Jill durante o começo e o meio, para então trazer uma cafona e extremamente previsível e clichê lição de moral no final.

 . A parceria de Dennis Dugan e Adam Sandler não rendeu dois filmes geniais, mas filmes muito divertidos e leves, que mesmo com um pouco de besteira no humor, ainda eram engraçados (quem não se divertiu com o emaranhado de confusões que iam acontecendo durante a história de Esposa de Mentirinha?). Mas dessa vez, nem a diversão tá garantida. Cada um Tem a Gêmea que Merece é um filme ruim, muito ruim. Daqueles que fazem qualquer se perguntar como um filme pode ter atuações tão ruins, um roteiro tão horrível e uma direção tão frouxa.

Filme - Motoqueiro Fantasma 2: Espírito de Vingança.

 CRÍTICA.
Produção: EUA, 2012.
Título original: Ghost Rider - Spirit os Vengeance.
Direção: Mark Neveldine, Brian Taylor.
Elenco: Nicolas Cage, Ciáran Hinds, Violante Placido, Idris Elba, Fergus Riordan e Johnny Whitworth.
Distribuição: Imagem Filmes.
Data de estréia: 17/02/2012.
Ação - 1h 35 min (95 minutos).
 Classificação indicativa 12 anos.

Sinopse: Johnny Blaze precisa resgatar um garoto que está sendo caçado pelo diabo. Em troca, ele terá a sua alma de volta.

  
  
  
  

Crítica - Motoqueiro Fantasma 2: Espírito de Vingança.

 Regular.

 Até agora me pergunto o porque decidiram fazer Motoqueiro Fantasma 2. O primeiro filme não é nenhuma maravilha, é lembrado por poucos, e ainda não foi tão bem nas bilheterias (este fator, sempre, decisivo para se decidir se o filme irá ter continuação ou não). Mas enfim, cinco anos depois do primeiro, chega Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança, e mesmo que o filme não seja tão ruim quanto eu pensava, ainda sim é uma série que devia ter parado no primeiro, ou melhor, não devia nem ter começado.

 . Johny Blaze está se escondendo em lugares escuros e isolados, e impedindo que o demônio do Motoqueiro Fantasma se manifeste. Contudo, ele recebe uma proposta de um padre, em que ele tem que resgatar um menino em troca de sua alma de volta. O menino está sendo caçado por um grupo de homens, mandados pelo diabo.

 . O que se vê é uma história extremamente comum e descartável. Os clichês correm soltos na tela, o desenrolar da trama não traz nenhuma novidade, com o mesmos tipos de personagens  e de situações que muitos filmes de ação já usaram. O resultado é um filme extremamente previsível, que no sentido de história e de surpresas na trama, é uma decepção total.

 . Mas um fato curioso é a dupla de diretores Mark Neveldine e Brian Taylor serem tão fracos e incapazes de dar vida e emoção à trama e de contar uma história, mas tão eficientes quando vão filmar. É muito interessante o jeito frenético que eles filmam as cenas de ação, principalmente os ângulos de filmagens. A câmera não para quieta nas mãos da dupla, mas ao mesmo tempo o espectador consegue acompanhar tudo, e acaba sendo extremamente envolvido pela porradaria e pela correria que está se passando na tela. Os diretores deixam, absolutamente, o espectador entrar na ação e se sentir no meio das chamas e das fumaças do motoqueiro.

 . Acompanhado à isso vêm ótimos efeitos visuais, que dão um visual real para o Motoqueiro Fantasma e para as explosões e maquinas gigantes. De Nicolas Cage, há até uma novidade no filme. Apesar de todos saberem que ele anda com sérios problemas para escolher bons filmes, aqui ele prova que mesmo assim continua sendo um bom ator. A atuação de Cage na cena em que ele tenta impedir a manifestação do demônio é ótima.

 . Para se resumir: ótimas cenas de ação e ótimos efeitos visuais, acompanhados de um roteiro pífio e diretores que são excelentes em filmar, mas incapazes de envolver o espectador na história.