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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Crítica - Margin Call: O Dia Antes do Fim.

 Bom.

 A crise que começou em outubro de 2008 ainda é muito presente nos Estados Unidos. Os cidadões americanos ainda sofrem com as consequências de um crack iniciado há mais de três anos atás, sofrendo com altos preços de alguns bens e com a diminuição de poder aquisitivo da população (engraçado é perceber que mesmo quando eles estão mal, nós brasileiros daríamos de tudo para estar como eles estão). E infelizmente, como muitos sabem, essa tal crise está longe de acabar. Nessa situação, é inteligente fazer um filme que retrate essa condição que os americanos estão. No final do ano passado já tivemos um ótimo resultado com Wall Street 2. Um ano depois, chega ao cinema Margin Call.

 . Dessa vez, o objetivo é trazer mais ainda (mais do que Wall Street 2) o impacto que a crise de 2008 trouxe para os empresários. Obviamente, a trama se passa em Nova York. Através de uma pesquisa inacabada que um colega de trabalho que acaba de ser demitido lhe entrega, Peter Sullivan, competente funcionário de uma empresa, termina a tal pesquisa e no início da crise financeira, descobre que rumos o ocorrido pode tomar. Quando avisa para seu chefe, a situação começa a se desenrolar por todos os funcionários e donos 'high-society' da empresa, que descobrem, em desespero, o que está prestes a acontecer.

 . O interessante desse Margin Call é que toda a trama se passa em 12 horas. O espectador acompanha, em tempo contínuo, o desespero de todos. Em simples 12 horas, o número de conflitos e decisões que ocorrem em torno da empresa são um tanto interessantes. A grande característica do longa é o excepcional elenco, que além de ter inúmeros nomes de peso (Zachary Quinto, Kevin Spacey, Demi Moore, Stanley Tucci...), é magistralmente dirigido e realiza um excelente trabalho. Sinceramente, para mim o que mais é interessante em Margin Call é o trabalho do elenco.

 . De resto, é muito perceptível que o filme teve um orçamento um tanto limitado, provavelmente tendo grande parte sendo investida no elenco. Decisão boa, de fato, já que é um filme que acompanha conflitos de personagens e os mesmos se deparando com situações desesperadoras. Mas nós percebemos que falta um pouco de investimento ali, uma trilha sonora ali (o silêncio contínuo do filme irrita um pouco em algumas cenas). O roteiro traz algumas sacadas muito boas e algumas cenas geniais. Uma delas, como eu já disse, é saber acompanhar, e bem, empresários descobrindo o que está prestes a acontecer. Desse modo, a história se desenvolve de forma até interessante e até prende a atenção do espectador. Mas em algumas cenas, é impossível não dar uma olhada para o lado ou se entediar um pouco. Margin Call é um filme, de certo modo, inteligente e com conteúdo, que conta com atuações excepcionais. Só faltou um pouco menos de lentidão para o filme realmente funcionar

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