Bilheterias brasileiras 25/11/2011.

 . Amanhecer - Parte 1 continua na liderança das bilheterias brasileiras. Mesmo tendo uma caída de quase 50% em relação ao seu final de semana de estréia, o penúltimo filme da saga arrecadou R$ 9,5 milhões. O estreante Happy Feet 2 conseguiu a segunda posição, arrecadando quase R$ 3 milhões. O também estreante Não Sei Como ela Consegue conseguiu a terceira posição, com R$ 683 mil. O aplaudido e elogiado O Palhaço, mesmo depois de 1 mês em exibição, continua bem e fica no quarto lugar, com uma diferença de apenas R$ 2 mil do terceiro colocado. Confira os dez mais vistos:

1 - A Saga Crepúsculo - Amanhecer - Parte 1 (R$ 9,5 milhões).
2 - Happy Feet 2: O Pinguin (R$ 2,9 milhões).
3 - Não Sei Como Ela Consegue (R$ 683 mil).
4 - O Palhaço (R$ 681 mil).
5 - 11-11-11 (R$ 335 mil).
6 - A Pele que Habito (R$ 321 mil).
7 - O Preço do Amanhã (R$ 251 mil).
8 - Assalto em Dose Dupla (R$ 245 mil).
9 - Gigantes de Aço (R$ 208 mil).
10 - Reféns (R$ 157 mil).

Fracasso de bilheteria causa demissões.

 . O fracasso de Happy Feet 2 nas bilheterias americanas causou a demissão de 600 à 700 funcionários do estúdo de animação em qual o filme foi produzido. O primeiro filme arrecadou U$ 41 milhões apenas em seus três primeiros dias de exibição. Já o segunda, conseguiu arrecadar U$ 43 milhões desde as duas semanas de exibição. Talvez o motivo por tal fracasso seja o erro de lançar o desenho juntamente com Amanhecer - Parte 1, o que desviou muito a atenção do filme. Outro motivo pode ser o fato de poucas pessoas estarem interessadas na animação, já que o primeiro não agradou a todos, apesar de ter vencido o Oscar de Melhor Animação.

Filme - Um Dia.

 CRÍTICA.
Título original: One Day.
Produção: Inglaterra, 2011.
Direção: Lone Scherfig.
Elenco: Anne Hathaway, Jim Strugges, Patricia Clarkson, Rafe Spall e Tom Mison.
Distribuição: Paramount.
Data de estréia: 02/12/2011.
Drama; Romance - 1h 48 min (108 minutos).
 Não recomendado para menores de 12 anos (contém nudez e consumo de drogas lícitas)

Sinopse: Emma e Dexter se conhecem durante a formatura da faculdade, e viram amigos. Porém, eles sempre se sentiram perdidamente apaixonados um pelo outro, apenas não conseguem ficar juntos. O filme acompanha o relacionamento deles durante 20 anos, todo dia 15 de julho.

  
  

Crítica - Um Dia.

 Bom.

 O livro é adorado por muitos, considerado um romance bonito e uma lição de vida, bem ao estilo do também adorado pelos fãs O Diário de uma Paixão. O interessante em Um Dia, é que o autor do livro, David Nicholls, assinou o roteiro do filme. O resultado é um razoável e bacana filme de romance, que provavelmente irá agradar, e muito, os que leram o livro e esperam se emocionar também na sala de cinema;.

 . A história é de Dexter e Emma. Ele é popular e descolado, ela é nerd (sim, já vimos isso antes). Contudo, depois da formatura da faculdade, os dois vão dormir juntos, mas é a única coisa que não acontece. Os dois acabam virando amigos, mas no fundo eles sentem uma paixão inexplicável um pelo outro. O filme acompanha, ao longo de 20 anos, todo dia 15 de julho, o relacionamento dos dois.

 . No final, o filme consegue trazer uma forte carga emocional. Obviamente Um Dia irá conquistar bem mais o público feminino. O filme é bem daquele tipo 'água com açúcar' dramático, que não se preocupa com nada a mais do que mostrar o amor que Emma e Dexter desenvolvem. Para as mulheres entrará para a lista dos 10 melhores filmes, mas não é por isso que o público masculino não possa passar uma hora e 50 minutos vendo um filme que, apesar de seus clichês, seja bem-feito e emocionante.

 . As atuações são bastante convincentes. Anne Hathaway, como não é novidade, exerce uma boa atuação. O mais bacana da atriz é que em qualquer filme que ela atue, seja de suspense, ação, comédia ou romance, ela traz uma ótima atuação, e em Um Dia não é ao contrário. Jim Strugges também se sai muito bem, não deixando o fato de estar interpretando um personagem complexo estragar o seu trabalho. O resultado é um casal com muita, mas muita química, o que é muito importante em filmes de romance ou comédia romântica.

 . Um Dia é daquele tipo que convida aos mais românticos a entrarem na sala de cinema e saírem chorando. Uma história de amor que dura anos, uma mensagem bacana, uma trilha sonora para lá de melosa... (apesar de ser muito bem-feita). Enfim, mesmo que tudo pareça um pouco proposital demais para que o filme entre para a lista daqueles mais bonitos e românticos, é impossível não se envolver, nem que seja um pouco, com a história e com a mensagem que Um Dia tem. Para os sensíveis e chorões de plantão, o filme é um prato cheio.

Lançamento Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2.

 . Chegou, para venda e locação, um dos grandes lançamentos do ano: Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2. Acumulando inúmeras crítica positivas, o último filme da franquia chegou no dia 25, e está disponível por R$ 44,90 em várias lojas.

 . Contudo, a grande novidade foi uma edição especial que a Warner lançou no mercado. É um boxe com as duas partes do último livro juntas, ambas em DVD duplo e com suas capas exclusivas, como se fossem compradas avulsas. A única diferença é que elas vêm juntas em uma caixa com a capa oficial das duas últimas partes. O valor é de R$ 69,90, o que dá pouco menos de R$ 35,00 para cada filme.

Estréias da Semana 25/11/2011.

 HAPPY FEET 2: O PINGUIN (Happy Feet 2, EUA, 2011). Direção: George Miller. Depois de conseguir trazer o hábito da dança para os pinguins de seu bando, Mano encontra um novo problema: lidar com seu questionador filho que não consegue dançar. Continuação da animação vencedora do Oscar 2007. Animação. 103 minutos. Classificação Livre. Não Avaliado. Cópias 2D e 3D.

 NÃO SEI COMO ELA CONSEGUE (I Don't Know How She Does It, EUA, 2011). Direção: Douglas McGrath. Com Sarah Jessica Parker, Pierce Brosnan e Greg Kinnear. Kate vive a típica rotina da mulher moderna: precisa conciliar sua vida profissional, social e de lazer com os compromissos maternos. Contudo, a sua vida dá uma reviravolta quando ela se interessa por um colega do trabalho. Comédia. 88 minutos. Classificação 14 anos. Não Avaliado.

 ASSALTO EM DOSE DUPLA (Flypaper, EUA; Alemanha, 2011). Direção: Rob Minkoff. Com Patrick Dempsey e Ashley Judd. Uma gangue amadora e atrapalhada e outra profissional decidem roubar o mesmo banco na mesma hora, o que causa uma explosão de atrapalhada. Nesse mesmo contexto, Tripp, que apenas estava no banco na hora errada, tenta proteger a funcionária Kaitlin. Comédia. 90 minutos. Classificação 14 anos. Não Avaliado.

Filme - A Pele que Habito.

 CRÍTICA
Título original: La Piel que Habito.
Produção: Espanha, 2011.
Direção: Pedro Almodóvar.
Elenco: Antonio Banderas, Elena Anaya, Jan Cornet, Marisa Paredes e Bianca Suárez.
Distribuição: Paris Filmes.
Data de estréia: 04/11/2011.
Suspense; Drama - 2h 00 min (120 minutos).
 Não recomendado para menores de 16 anos (contém conteúdo sexual, e cenas de sexo, nudez e de violência)

Sinopse: Roberto é um conceituado cirurgião plástico que desenvolve uma obsessão: criar uma pele dura e resistível que poderia ter salvado sua mulher de um incêndio. Contudo, para isso, ele não mede esforços e comete inúmeros delitos.

  
  
  
 

Crítica - A Pele que Habito

 Bom/ Muito Bom.

 Loucura, tensão e sexo. Três das coisas mais presentes em A Pele que Habito, o tão esperado e novo projeto de Almodóvar. Um dos filmes mais esperados do ano pelos fãs do diretor que trouxe sucessos como 'Fale com Ela' e 'Volver'. Confesso que é o primeiro filme de Almodóvar que confiro, então o estilo dele, antes de conferir esse filme, era desconhecido para mim. Bom, o que se pode concluir em A Pele que Habito: Almodóvar adora loucura e é viciado em qualquer assunto relacionado à sexo. O filme é diferente, ousado e bastante interessante, diga-se de passagem.

 . A história é de Roberto Ledgard, um conceituado cirurgião plástico que usa a bela Vera como cobaia para experiências. A obsessão, aparentamente, do cirurgião, é criar uma pele resistente e consistente, que poderia ter salvado sua mulher de um incêndio.

 . Após assistir A Pele que Habito é inegável concluir que Almodóvar tem uma mão e tanto para contar uma história. O filme começa simples, apresentando apenas o cru da trama e o que há por cima. Através de memórias de personagens, a trama começa a voltar no tempo e contar tudo que está por trás de tudo aquilo que já foi apresentado no filme. A história se desenvolve de forma inteligente, sagaz, artística e surpreendente.  Vale dizer que o filme possui uma trama forte e extremamente complexa, que ganha muita profundidade ao trazer temas como traumas, obsessão, loucura, identidade sexual, o próprio sexo, e até pode criar discussões sobre mutação e alterações no corpo humano.

 . As atuações são excelentes. Antonio Banderas dá vida com louvor a esse Dr. Frankstein moderno, deixando o personagem ainda mais sádico, louco e obsessivo, o que o inteligente roteiro já faz por si. Contudo, Elena Anaya é que realmente é o destaque e faz a diferença. No começo do filme, quando o espectador não sabe de nada da trama, nós vemos a personagem de Elena com certos olhos, e no final, quando a história já se desenvolveu, será impossível vê-lá do mesmo jeito.

 . É bastante justo falar que A Pele que Habito é um filme insano e bastante sexualizado. Algumas cenas podem parecer muito estranhas afinal, mas tudo se encaixa quando Almodóvar sabe conduzir a trama com eficiência. Um filme tão profundo, tão diferente, tão surpreendente e tão interessante merece ser visto por todos. Quando os créditos aparecem na tela, após um final frio e chocante, é impossível que A Pele que Habito não gere discussões.

Filme - A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1.

 CRÍTICA.
Título original: The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 1.
Produção: EUA, 2011.
Direção: Bill Condon.
Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Ashley Greene, Kellan Lutz, Kikki Reed, Anna Kendrick, Billy Burke, Peter Fancinelli, Lee Pace e Jackson Rathbone.
Distribuição: Paris Filmes.
Data de estréia: 18/11/2011.
Romance; Aventura - 1h 57 min (117 minutos).
 Classificação indicativa 14 anos

Sinopse: Bella e Edward finalmente se casam, e vão passar a lua-de-mel no Rio de Janeiro. Contudo, o que eles achavam que será impossível acontece: Bella está grávida de um bebê vampiro. O grande problema é que o feto cresce rápido demais e não é compatível com um ser um humano, o que põe a vida de Bella em risco.

  
 

Crítica - A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1.

 Regular.

 Sinceramente, nunca gostei muito de Crepúsculo. O primeiro filme ainda se salva um pouco por conseguir ser romântico e trazer bastante mistério e suspense ao mesmo tempo. Sem muitos atrativos, mas uma razoável sessão pipoca. Contudo, os outros filmes testavam o meu limite. Eu me arrastava para conseguir acompanhar-los até o final. Nada contra a qualidade dos longas, que não era nada de mais, mas estava longe de ser ruim. Contudo, eu sempre achei a história melosa demais, arrastada demais, melancólica demais, em resumo: chata demais. Nem o trio principal conseguia arrancar alguma simpatia. A minha vontade, até esse mais novo filme da saga, é que uma bomba exploda e todo morra. Amanhecer - Parte 1 é assim é também? Sim. Continuará sendo um saco para quem nunca gostou de Crepúsculo, e continuará sendo ótimo para quem sempre gostou. Porém, o maior problema da primeira parte do último livro é que o filme é fraco.

 . Dessa vez, o tão esperado casamento de Bella e Edward se realiza. Após o casamento, eles vão para a lua-de-mel, no Rio de Janeiro. Depois de uma hora mostrando os dois (sei lá...), tentando fazer sexo, jogando xadrez, indo para a praia, o filme dá uma reviravolta: Bella está grávida de Edward, o que ninguém achava que seria possível. O maior problema é que o feto não é compatível com uma humana, ou seja: cresce rápido demais, o que acaba pondo a vida de Bella em risco.

 . Para as fãs pré-adolescentes (já que a faixa etária de fãs do filme não consegue passar dos 14, 15 anos, ainda sendo a maioria meninas), o filme que esperavam há um ano e meio está lá, e com certeza vão sair satisfeitos/a. Contudo, para quem vai ver um filme com um olhar de estar vendo apenas mais um filme, a sensação é de ter desperdiçado dinheiro. Em primeiro lugar porque o filme tem um roteiro fraco, um tanto pífio, meio sem ritmo, e isso acaba destruindo quase todo o resto. A direção de Bill Condon apresenta alguns ângulos de filmagem interessantes em algumas cenas, mas também não consegue dar ritmo à história.

 . Nem preciso dizer que as atuações são apenas mais do mesmo. Kristen Stewart continua com aquela cara de dor barriga, trazendo aquela Bella fresca, chata e irritante (esse é o principal motivo por eu ter vontade da personagem principal morrer logo). Edward continua o mesmo mongolóide panaca de sempre, também fazendo aquela cara de dor de barriga e de infeliz. O único que sobressai aqui é Taylor Lautner, que interpreta o melhor personagem dos três (Jacob), que tem um pouco mais de vida e personalidade, e não é irritante que nem os outros dois. Mas cada vez eu me convenço mais que a culpa é dos personagens, pois Robert Pattinson já trouxe satisfatórias atuações em Lembranças e Água Para Elefantes e Kristen Stewart sempre lembra sua excelente atuação em O Quarto do Pânico.

 . Se os outros três filmes já não eram nenhuma maravilha, Amanhecer - Parte 1 ganha a posição de o pior de todos. O filme é a mesma melação e lentidão que os outros possuíam, porém dessa vez a qualidade de produção desce muito. A trilha sonora é constrangedora de vez em quando, como os efeitos visuais, que estão longe de ser um destaque. Claro, nem tudo está perdido. É uma produção muito esperada e algumas característica se salvam, como a direção de Bill Condon em algumas cenas e algumas sequência bem legais, como, nos últimos minutos, a passagem de Bella por sua toda sua vida antes de uma grande transformação. Contudo, para os fãs continua sendo ótimo, para os não-fãs a situação piora mais ainda.