



Bom.
O filme começa da seguinte maneira: após uma certa enrolação, descobrimos que o filho de um casal morreu na guerra. Logo depois da revelação, o diretor Terrence Malick trata do assunto com certo amor e parece se identificar muito com o tema. Ele trata o assunto de forma muito realista, mostrando as dores mais sinceras dos dois pais após o acontecido (felizmente, ele não apela para o melodrama). Logo depois, o diretor decide acompanhar um dos filhos do casal adulto (eles tinham três filhos, contando com o que morreu na guerra). A vida do menino quando adulto não é nada boa, e de repente ele começa e lembrar da sua infância, principalmente no relacionamento com os seus pais.. A Árvore da Vida é um filme bom. A história realmente tem traços bonitos, e incorpora boas profundidades em algumas cenas. Retrata muito bem uma época machista, onde o homem mandava na casa e a mulher apenas servia para lavar e reproduzir. A situação fica ainda mais marcante quando o filme decide colocar um personagem extremamente autoritário (Brad Pitt) e duro na educação dos filhos. As qualidaddes não param por aí. A fotografia é belíssima e fora de série, estando presente, em sua melhor forma, em quase todas as cenas do filme. A trilha sonora é competente, e os efeitos visuais dão suas caras em algumas cenas e não fazem feio. Mas A Árvore da Vida não é tudo o que falam.
. O filme adquire uns traços extremamente pseudo-intelectuais. O filme tem uma história bonita, ok, e com conteúdo. Mas o caso é aqui é que Malick adquire uma narrativa extremamente lenta. Uma frase que pode ser dita em 5 sagundos, no filme demora 20 segundos para ser dita, com pausas no meio e tudo o que há direito. Dentre tudo isso, há varias sequências de imagens acompanhadas por músicas, que ficam rolando na tela por minutos. Nessas cenas fica difícil não bocejar.
. Aí a impressão que me dá é que A Árvore da Vida tenta ser muito mais do que é. O filme é, mas apenas é. Não chega a se destacar perto de muitos filmes lançados em 2011. A personalidade que o diretor adquire no filme é interessante, não estou criticando isso. Contudo, essa personalidade, entre 'o 8 e o 80', fica no 90. Vale a pena conferir, sem dúvidas, mas é um filme de duas horas e vinte minutos que poderia muito bem ser contado em pouco mais de uma hora e meia, e desse jeito a história contada seria mais interessante e menos arrastada.
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