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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Crítica - Winter: O Golfinho.

 Muito Bom.

 O gênero já está desgastado, com certeza. Depois de muitos filmes de animais para a família, este estilo de filme, nos últimos anos, apenas tem servido para uma sessão da tarde das mais previsíveis. Contudo, alguns ainda se arriscam. Agora, está em cartaz o filme família Compramos um Zoológico, e em outubro do ano passado também chegou aos cinemas Winter: O Golfinho, filme baseado em um incrível história real. E, felizmente, este filme é a prova de que o gênero ainda não morreu, e ainda existem possibilidades de bons produtos no ramo.

 . A história começa com Sawyer, um menino de 11 anos que é um tanto solitário e não consegue se acostumar com sua nova casa na Flórida. Um dia, quando está voltando da escola, ele encontra o golfinho Winter preso, machucado e debilitado na praia. Um grupo de funcionários de um hospital de animais local chega na praia e leva Winter para o local de trabalho, onde o animal recebe atenção e cuidados. Contudo, é com Sawyer, que passa a acompanhar Winter na recuperação, que o golfinho cria uma conexão inexplicável, apesar de todos sentirem uma conexão grande com o animal.

 . Cai na falha dos típicos clichês do gênero? Em algumas cenas cai. Tem grandes atuações? Não, apesar de serem razoáveis. Tem um roteiro genial? Também não. Há, inclusive, algumas cenas um tanto desnecessárias, como a do helicóptero de brinquedo desgovernado. Mas tudo isso fica tão disfarçado pelo filme simplesmente funcionar e ser muito eficiente no que se propõe. O diretor Charles Martin Smith consegue filmar muito bem as cenas e contar a história de forma inteligente. O filme acaba, automaticamente, prendendo a atenção do espectador e faz com que todos se envolvam com os personagens (muito bem criados), principalmente com o golfinho Winter.

 . Mas mencionei apenas que existe o êxito em contar a história. Esse tal êxito de contar tal coisa, vem com o êxito da tal coisa. A história de Winter: O Golfinho é absolutamente e extremamente bonita. O filme trata de vários assuntos como superação, esperança, persistência, família, amizade, felicidade, etc etc etc... E tudo isso sem parecer piegas (ok, sem não, mas em poquíssimas cenas) e ser emocionante sem tentar arrancar de forma forçada as lágrimas do espectador, como a maioria dos filmes do estilo fazem. A história é emocionante por ser emocionante, não há a presença daquele emocionante chulo, onde há um,a trilha sonora alta para aumentar a carga emocional.

 . Temos aí um produto tipicamente sessão da tarde de qualidade. Um filme muito bem escrito e dirigido, mas que acima de tudo é uma das grandes lições de vida dos últimos anos no cinema. Muito eficiente no que se propõe e cheio de cenas bonitas. Todos os personagens no filme se encantam por Winter, mas o filme é bom o suficiente para que quem está vendo o filme também se encante pelo personagem e viaje pela fantástica história que está passando na tela.

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