



Bom/Muito Bom.
Quando vi o trailer de Cavalo de Guerra me senti animado e receoso ao mesmo tempo. A animação foi por conta do trailer trazer belas imagens, e principalmente por haver envolvimento de dois nomes: Spielberg e guerra. O receio foi por medo do filme apelar demais para aquela emoção chula e barata de Sessão da Tarde. Felizmente, o resultado final foi um agradável e caprichado filme de época.. A história gira, principalmente, mas não apenas, em torno da amizade de um garoto de fazenda e de um cavalo. O pai do tal garoto compra o cavalo em um leilão, e o leva para a fazenda. Os dois criam uma conectividade incrível. Contudo, o cavalo acaba sendo vítima da 1a Guerra Mundial, e é levado para os campos de batalha. A partir daí, o animal acaba participando também da vida de outras pessoas, ao mesmo tempo em que o o garoto se alista para o exército com o objetivo de achar o amigo.
. Spielberg traz mais um bom trabalho para a sua carreira. Não é um dos grandes trabalhos do diretor, mas as marcas registradas dele estão em Cavalo de Guerra. O roteiro é bem resolvido, bem-feito, com personagens carismáticos, e histórias marcantes. O filme consegue prendar a atenção do espectador, e emociona quando quer. A maior surpresa foi que o longa não possui aquela apelação gigante para a emoção fácil. Existe, mas de certa forma discreta, logo não atrapalha o filme.
. Para ajudar no impacto da história, Spielberg faz questão de por qualidades técnicas de ponta. A trilha sonora é ótima, a direção de arte é totalmente competente, reconstruindo muito bem a época. O maior destaque mesmo é a fotografia, de deixar cada um fascinado pelas imagens que esbanjam beleza na tela, como algumas paisagens de encher os olhos, ou mesmo nas cenas mais brutais de guerra. Por falar nisso, as cenas de guerra são muito boas. Não memoráveis, até porque o objetivo do filme não é ser um filme de guerra. Mas Spielberg sabe muito bem controla a ação na tela, com efeitos visuais acima da média, e nunca deixando a emoção de lado.
. É um desses filmes que valem a pena ser conferidos. Tem uma história bonita, de certa forma emocionante. Mas o prazer mesmo é ver que Spielberg não perdeu a forma de fazer o que faz de melhor: cenas de guerra muito boas, aliadas a características técnicas da mais alta qualidade. A diferença é que dessa vez ele deu prioridade à carga emocional e ao drama, e conseguiu mesclar muito bem os dois gêneros.
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