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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Crítica - Os Olhos de Júlia.

 Bom/Muito Bom.

 Provavelmente você não ouviu falar de Os Olhos de Júlia. Era para o filme ser lançado em maio de 2011 aqui no Brasil. Ignorado pela distribuidora, o filme foi lançado direto em DVD em novembro, e ainda sim sem nenhuma estratégia de publicidade. Nenhuma. Tanto que, por trás de alguns comentários bons e de uma sinopse que me chamou a atenção, eu fui conferir o filme, totalmente as cegas. Foi aí que descobri que o filme é produzido por Gilhermo del Toro e tem todos os produtores de O Orfanato envolvidos. Aí eu já me animei mais ainda.

 . O filme começa com uma misteriosa (e põe misteriosa nisso) morte de uma mulher em sua casa. Momentos depois, descobrimos que ela é irmã de Júlia, e que estava cega há mais de um ano. Tudo indica que a morte foi um mero suicídio, mas alguma intuição faz com que Júlia insista em investigar a morte de irmã, ao mesmo tempo em que ela começa a sofrer com uma doença que tem há anos, que vai deteriorando a vista.

 . Os Olhos de Júlia é aquele tipo de filme que merecia ser lançado nos cinemas. Não é o melhor suspense que eu já vi, de jeito nenhum, mas é um filme acima da média. As falhas são meio comuns, como cair em velhos clichês do gênero, etc... Mas o interessante aqui é que o filme consegue prender a atenção do espectador durante as quase duas horas de informações que vêm na tela. Nas cenas de mais suspense e tensão, não é exatamente o medo que é presente. O diretor aposta mais em uma tensão mais sutil, mas que faz com que o espectador não pisque e torça arduamente pela mocinha em perigo.

 . Como em O Orfanato, o filme é aquele típico suspense misterioso. A história é cheia de problemas e  de acontecimentos inacabados e inexplicáveis. Conseguindo prender o espectador, e até enganando-o em várias partes, a trama vai sendo revelada aos poucos, e consegue ser um tanto surpreendente, além de adquirir algumas bacanas reflexões. As atuações são ótimas. Belén Rueda faz muito bem a mulher em perigo. Mas o destaque mesmo vai para a ótima atuação do vilão da história. Mas é melhor para por aí, para que hajam surpresas.

. Mais interessante ainda é como o filme sabe lidar e aprofundar os sentimentos dos personagens, se apoiando no mesmo em muitas cenas. Não só para os sentimentos de raiva e ódio, mas  o longa é muito inteligente em criar uma árdua e bonita história de amor, muito melhor do que muitos filmes de romance por aí. Mas isso não quer dizer que o suspense para. É um filme sem muito segredos, mas honesto, bem-feito, bem escrito e divertido. Prende a atenção, sufoca em algumas cenas e surpreende o espectador. Quer mais do que isso em um filme de suspense?

4 comentários:

  1. ótimo, muito melhor do que muito filme norte americano superestimados.

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  2. o filme muda do previsível para o estranhamente imprevisível, te surpreende de uma forma estranha, possui muitos cliché, de fato te prende, e te cansa, fazendo no final você pensar: "Por que perdi meu tempo com isto?" Pois o filme não agrega nada, não tem fotografia, se passa nos mesmos lugares, com as mesmas pessoas. Quem gosta de cinema não pode gostar deste filme.

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  3. os olhos de julia nao é lá essas coisas, é um filme acima da media atual, mas nao é pra tanto, o bom do filme é que é criativo criando cenas e momentos bem legais como quando a protagonita vai perdendo a visão, e é um filme que tem seu charme com uma fotografia bem feita e atuações de filme A, e um nivel de tensão pouco comum que nao quer ficar dando susto e nem gelar a espinha e sim fzer com que agente torça a todo custo ppr julia, mas tirando isso sobre um filme com falhas, sem reviravoltas convicentes, que nao decide o tom que vai seguir(ele começa de uma forma e termina de outra) cai em clichês e tem um ritimo fraco, se a cena inicial do suicidio da irmã de julia nao fosse mostrada o filme seria bem mais misterioso e seria consequentemente melhor

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  4. Que filme maravilhoso, ótima estória, ótimos atores, ótima direção. Não consegui desgrudar do início ao fim. Precisamos aprender a fazer filmes como os espanhóis!

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